Dicas para escolher tintas duradouras e ecológicas
Está a pensar pintar a sua casa? Deixo aqui algumas dicas para escolher tintas duradouras e ecológicas!
Prefira tinta à base de água
O primeiro passo para escolher uma tinta mais ecológica e com menos odor é escolher uma tinta de base aquosa para pintura de interiores. As tintas à base de água têm sempre menos cheiro, além de não conterem solventes prejudiciais para a saúde. Além disso, as tintas à base de água também secam rápido, pelo que são indicadas para a aplicação em interiores. Relativamente à durabilidade, as tintas laváveis duram imenso tempo.
No entanto, se para as paredes e tectos não há qualquer dificuldade em escolher tintas ecológicas de base aquosa, para outros materiais é diferente. Dependendo do efeito pretendido, as tintas para madeiras e metais nem sempre são de base aquosa. Fale com especialistas em serviços de pintura para encontrar esmaltes e velaturas de base aquosa e perceber se têm o acabamento que pretende.
Procurar tintas de interior ecológicas
Há várias marcas que já têm tintas de interior mais ecológicas, com resinas de base vegetal. A Robbialac, por exemplo, tem a Biorigin, que é uma tinta de interiores de base aquosa com resinas 97% de origem vegetal e que está certificada com a Ecolabel. A Dyrup tem a Dyrup Air Pure, que filtra e neutraliza formaldeído do ar interior das habitações. Esta tinta também é sustentável e vem inclusive numa embalagem reciclada.
O formaldeído é um tipo de COV apontado pela Organização Mundial de Saúde como um dos factores que mais contribui para a má qualidade do ar interior. Esta substância química é muito irritante e afecta as mucosas. Por isso, os sintomas incluem garganta seca ou dorida, dores de cabeça, fadiga, ardor nos olhos, náuseas, falta de ar, vertigens e problemas de memória e concentração.
Curiosamente, as maiores fontes de formaldeído dentro de casa não são as tintas, mas sim o mobiliário, os tapetes e as colas, assim como alguns detergentes. Por isso, e tendo em conta que não o podemos evitar completamente, é bom escolher uma tinta com um teor baixo de COV e, se possível, que contribua para reduzir a quantidade de COV disperso no ar.
Escolher tintas com baixo nível de COV
Outra questão que deve ter em atenção é escolher produtos com baixo nível de COV (Compostos Orgânicos Voláteis). Os COV prejudicam a qualidade do ar interior e desde 2010 que há níveis máximos permitidos pela UE para tintas e vernizes. Na mesma altura, a CIN lançou uma tinta com COV Zero, a tinta Respirae, que segundo a marca tem uma durabilidade de até 7 anos.
No entanto, há outras marcas com valores de COV muito reduzidos, incluindo a Dyrup Air Pure de que já falámos, a Dioplaste Eco da Barbot e as tintas de marca branca do Leroy Merlin. Recentemente descobri a tinta Luxens Biobased, com resinas de 98% origem biológica, teor de COV reduzido e rótulo ecológico. O preço é mais convidativo do que noutras marcas, embora esteja disponível em menos cores.
No entanto, isto é apenas um resumo. Quando estiverem à procura de uma tinta de interiores, independentemente da marca, peçam para ver a ficha técnica do produto. Confirmem as taxas de COV (o ideal é <1G/L) e procurem as tintas com o rótulo ecológico europeu.
Tintas 100% biológicas
Finalmente, fora das grandes marcas, há tintas 100% biológicas. Pessoalmente nunca usei nenhuma, por isso não posso recomendar marcas de tintas biológicas nem atestar a sua durabilidade. Há as tintas Vital, as tintas Biofa e a Aura, que têm tintas, vernizes e outros produtos de origem natural e biológicos. Este tipo de tinta não liberta nenhum componente nocivo para o ambiente, por isso é uma boa alternativa para quem é mais sensível. A nível de aplicação é tudo exactamente igual, mas deixo aqui o link para pintores em Braga.
Resumindo: se vai pintar a sua casa, procure uma tinta sem compostos nocivos para pessoas e animais. O mais prudente é ir logo para as tintas de base aquosa, que também têm menos odor, mas pode ir ainda mais à frente. Muitas marcas, incluindo marcas brancas, têm gamas ecológicas com resinas de origem natural e com um teor muito baixo de compostos orgânicos voláteis. Finalmente, ainda há tintas 100% biológicas.
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